3, 2, 1... Olha, está tudo na mesma...
Olá, meus filhos.
Escrevo-vos com o estado de espírito de quem desejava muito que houvesse festas de passagem de ano nas principais praças das cidades. Por vários motivos. Mas, neste preciso momento, o motivo é egoísta: é que os vizinhos trouxeram a festa para dentro de casa. Ou seja, estou a ouvir a música forró da vizinha DO PRÉDIO DO LADO!!!! Sim, sim, prédio do lado. E mais: de um andar diferente do meu!
Portanto, imaginem, não é? Já ouvi "vamo levantá a poeira do terreiro" 50 vezes e ainda estamos a quase 3 horas da meia-noite... De facto, pessoas não são a minha espécie favorita...
Mas bom, vamos ao que interessa. Passagem de ano, hã? Mais uma, pois é... Mas esta é especial, não é, oram digam lá...
Tenho a certeza de que ninguém está convencido de que tudo muda com o virar do último segundo de 2020. Até mesmo porque nada do que está a acontecer se circunscreve aos limites do tempo que o ser humano inventou. Mas precisamos da esperança, certo? Por isso, não desesperem quando, em janeiro, fevereiro, março, etc de 2021, estiver tudo rigorosamente igual a dezembro de 2020. Vamos precisar de muita paciência. A boa notícia, acho, é que nós temos uma capacidade de adaptação extraordinária e vamos conseguir ultrapassar isto de forma absolutamente engenhosa.E não é por causa da vacina.
Coragem a quem trabalha sem rede de segurança: no turismo, na retauração, nas artes e em tantas outras áreas... porque devem estar a viver os piores momentos das suas vidas. Que 2021 seja, de facto, o ano da mudança para melhor.